terça-feira, 10 de abril de 2007

Daiquiri

Acabei de enfiar o cabelo num, depois de deixar cair o cigarro.


(Meaning: I'm drunk.)

domingo, 8 de abril de 2007

Cacalharás

Não sei.

Sei que queres saber o que se passa mas nem eu to consigo explicar. As pessoas entram e saem das nossas vidas deixando nas nossas mentes o pecaminosamente agradável pensamento sexual. O ciclo reinicia-se ano após ano com a chegada da Primavera; espera-se, no entanto, que as pessoas tenham mudado a sua postura.
Eu? Sei que estou mais forte, mais determinado, mais verdadeiro. Sobre ela nada sei. Não sei que é feito da sua ingenuidade apaixonante, pois já lá vai o tempo em que se lembrava de mim antes de dormir - até hoje. "Até sábado", diz ela, num tom que me pareceu ser mais ou menos maroto.
"Gostas mesmo de sofrer", diz o David, sempre sábio e cauteloso, sempre amigo mesmo nos momentos mais inúteis. "Cacalharás!", diz o seu irmão do meio enquanto se ri e me mostra SMS's da Catarina.

***

Sento-me e penso em puxar de um outro cigarro para contentar o corpo. Não o chego a acender, prefiro escrever um pouco para aliviar a mente. O coração continua assim, pesado e descompassado; mas não sente dor alguma.

***

Sabes que ainda te quero.

Jaime

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Há dias assim...

Nos dias em que a tristeza nos consome [porque falta alguém que me diga para não o fazer], só algo que aparente ser ainda mais desanimador parece ser uma boa almofada.

domingo, 1 de abril de 2007

(+) Uma noite

"Faz o que tens a fazer".

A música não tem qualidade alguma e decido sair. Olho em redor e espero não ser apanhado a mijar na rua. As empregadas do Açúcar Pilé passam, bêbedas, e, sabendo agora que me viram de instrumento na mão, espero apenas que não tenham reconhecido o meu grande e encaracolado cabelo escuro. Dirijo-me para aquele café - então fechado - e espero pacientemente pelos restantes ao som do enrolar de um cigarro. E da Gloria Gaynor.

***

Não percebes o Mundo; esforças-te e não consegues. E é por isso mesmo que nos damos assim, bem.
Olhas para mim e pedes uma resposta sincera - e sabes que a obténs: a coerência que procuras na energia do teu par não se coaduna com a necessidade de explicações que é por ti exigida aos que te rodeiam (mas continuas à procura do teu par impossível).

***

Abraças-te a mim, no carro (e como eu repudiava que me tocassem e agarrassem), e esperas não ter de voltar a olhar lá para fora, tão cedo. Deixas-te embalar pela fúria com que as curvas são domadas e pensas no que aconteceu ainda não há muito atrás; chegando a casa, levantas violentamente a cabeça do meu colo e ergues o tronco, sais batendo com a porta e deixas-me, uma vez mais, preso aos meus sentimentos de não-sei-quê.



A vós, um abraço sentido