segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Há um ano atrás...

Yellow dreams.

Pela primeira vez, acendo uma vela por alguém. Alguém que não conheço mas considero um importante suporte para um dos meus maiores amigos de então. Penso que quando contactamos com a morte, quando estamos à beira do desespero, quando não temos alguém a quem recorrer, quando temos ninguém, quando nem pelo nosso nome conseguimos gritar, recorremos a algo aparentemente superior. A vela serve, portanto, para pedir, silenciosamente, para que o cabrão lá cima olhe pelo falecido. Morto. Defunto. Passado.

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Preparo a passagem de ano. Mas quero passá-la com o meu avô, que sei que pode passar, também ele, para o outro lado. E eu sei que quero passar do mesmo lado, ao seu lado.

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Choro e preocupo-me com os amigos mais chegados, e quero que estejam a meu lado para que eu saiba que estão bem. Faço viagens de carro, enquanto tenho dinheiro para gastar, compro chocolate, vejo um bom filme. Converso. Descanso. Descanso-os. Descanso-me, e espero que o amanhã seja melhor, ainda que saiba que não será. São 8:04 e ainda não adormeci...

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Sonho noite após noite com um dia que não aconteceu mas acontecerá - eu sei disso; porque os sonhos nos levam mais além... mesmo até onde não queremos ir, até nos mostrarem o caminho. Obrigado; (Não se agradece); Agradece-se sempre...

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