quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

Ciúme

Sabes, gostei de falar contigo. Transmites calma, apesar de todo o sofrimento silencioso que encerras no peito.
O homem também o sente, de outra forma, mas sente; e também quer chorar e por vezes não consegue. Nota que nem todos são assim e tens de facto de saber escolher, ou deixar que a escolha em si te toque no fundo. Não, não se trata de ouvir violinos, apenas de deixar o coração bater naturalmente: irá bater mais rápido na altura certa.
E o ciúme, perguntas tu, é necessariamente nefasto? Não. O ciúme é comparável à curiosidade: depende, em parte, do que queiras perguntar ou saber. Será adequado, e mesmo agradável, sempre que não firas os sentimentos de outrém. É bom sabermo-nos amados...
E o ciúme é uma das formas de demonstração dos sentimentos; não o considero um sentimento em si, pois sem um fundo amoroso, teria de o considerar um sentimento negativo. Assim, o ciúme deverá ser considerado um dos sentimentos que explica o amor, ainda que sendo o pior de todos eles. Corrói, destrói relações.

E assim, faz-nos crescer.





Aprendeste a confiar?

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1 comentário:

Anónimo disse...

ser cíumenta é difícil, para ti, para os outros. O ciúme vai moendo, corroendo até que as cordas rompem. Mas, pior que o ciúme é não o ter, é ter o outro por certo, é não ter medo, é não sentir. Gostei muito que um homem sinta assim.